Raquel Martins, in Público on-line
Mais de metade dos desempregados registados pelo INE não recebia qualquer prestação de desemprego em Junho.
No final de Junho 393 mil pessoas recebiam prestações de desemprego, um aumento de 10% face ao ano passado. Ainda assim, mais de metade dos 952 mil desempregados registados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) não recebia subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego.
Na prática, a taxa de cobertura das prestações de desemprego baixou de 44% em Maio para os 41%. Em relação a Junho do ano passado, a taxa de cobertura também caiu.
De acordo com os dados divulgados pela Segurança Social, o valor médio das prestações de desemprego foi de 484,13 euros, uma queda em relação a Maio (-5,1%) e em relação ao ano passado (-3,5%).
O Porto é o distrito com o número de beneficiários com prestações de desemprego mais elevado, tendo sido atribuídos subsídios a 84.596 pessoas. Segue-se o distrito de Lisboa, com 80.461 desempregados a receber prestações de desemprego.
Os beneficiários do sexo masculino são em número superior (210.075 pessoas), em relação aos do sexo feminino (182.876).
Os números da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial, subsídio social de desemprego subsequente e prolongamento do subsídio social de desemprego. Contudo, pode haver situações de desempregados que, não tendo acesso às prestações de desemprego, recebem outros apoios sociais, nomeadamente rendimento social de inserção (RSI).
De acordo com as estatística agora publicadas, mais de 68 mil pessoas perderam o direito ao RSI em Junho, face ao mês homólogo de 2012, situando-se nos 271.302 beneficiários.
No primeiro trimestre do ano, o INE contabilizou 952,2 mil desempregados, elevando a taxa de desemprego para os 17,7%.