in Dinheiro Digital
A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje, no final da reunião do G20, que "a economia global continua demasiado frágil e o desemprego demasiado alto em muitos países", defendendo "estratégias orçamentais equilibradas e credíveis".
"Tivemos discussões construtivas sobre estes temas, incluindo, principalmente, o efeito de contágio das políticas monetárias, as implicações da recente volatilidade dos mercados e a necessidade de estratégias orçamentais equilibradas e credíveis", disse Christine Lagarde no final da reunião que juntou desde quinta-feira as dezanove principais economias e a União Europeia, em Moscovo, sob a presidência rotativa da Rússia.
"Embora haja sinais de fortalecimento da atividade [económica] nos Estados Unidos e no Japão, a recessão na zona euro continua, e muitos mercados emergentes estão a crescer a um ritmo mais lento", acrescentou a responsável.
Christine Lagarde defendeu que a reunião conjunta entre os ministros destes países com as pastas das Finanças e do Emprego, que discutiu os esforços para promover o emprego e a criação de postos de trabalho, "deve ser combinada com políticas laborais e macroeconómicas apropriadas para fomentar a inovação, promover o crescimento e os postos de trabalho de alta qualidade".
Os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais do G20 decidiram hoje que o crescimento económico e o emprego vão ser os temas prioritários na cimeira que o grupo vai realizar em setembro, na Rússia, em São Petersburgo.
Reunidos hoje em Moscovo, os líderes do G20 decidiram aderir apoiar a retoma de "um crescimento dinâmico”, assim como a criação de “um grande número de postos de trabalho”, refere-se no comunicado final.
Os ministros disseram ainda que vão apoiar o Plano de Ação Internacional direcionado a consolidar o crescimento global, “equilibrado e robusto”, o qual deverá ser aprovado na próxima reunião de São Petersburgo.
Os representantes dos países do G20, reunidos em Moscovo entre quinta-feira e hoje, querem também que as alterações à política monetária, sobretudo norte-americana, sejam cuidadosas e cristalinas, para que não haja perturbações no crescimento dos países emergentes.
Esta posição reflete as preocupações existentes no grupo, perante a reação dos Estados Unidos da América (EUA) a um cenário de recuperação económica, com uma eventual alteração da política monetária que poderá afetar as economias emergentes.
Dinheiro Digital/Lusa