Isabel Vilhena, in Correio do Minho
A sociedade portuguesa deve olhar com outros olhos para a comunidade cigana que está sofrer grandes mudanças. Esta é uma das mensagens fortes da ‘História do Ciganinho Chico’ que foi apresentada, ontem, no Centro Cultural e Social Santo Adrião. Na leitura animada da história, a personagem principal é o Francisco, um menino de 13 anos, de etnia cigana, e como os outros meninos da sua idade anda no 8º ano.
Daniel Matos, dinamizador comunitário do projecto ‘T3tris.2’, explicou ao ‘Correio do Minho’ que “a história do Chico e do seu povo é igual à de tantas outras crianças que só querem ser felizes”, mas para isso” é preciso que a sociedade ajude á integração da comunidade cigana com pequenos gestos como “pedir aos professores que apoiem os alunos de etnia cigana como fazem com os outros Se há ciganos escritores, como é o caso desta história, pode também haver ciganos professores” enfatizou Daniel Matos.
O projecto ‘Te3tris.2’ está no terreno há cerca de 4 anos anos e tem por missão apoiar as crianças de etnia cigana dos bairros do Picoto, Fuja cal e Ponte dos Falcões. Combater o absentismo escolar é um dos grandes objectivos deste programa que tem obtido resultados muito positivos. Este projecto insere-se num programa nacional denominado ‘Programa Escolhas’ que até ao próximo dia 21 “abre as suas portas” para dar a conhecer o trabalho que os vários projectos estão a desenvolver em contextos mais vulneráveis, com crianças e jovens e seus familiares, tendo em vista o reforço da igualdade de oportunidades e coesão social.
No território nacional são cerca de 110 projectos financiados e acompanhados pelo ‘Programa Escolhas’, no distrito contam-se 6 e no concelho de Braga estão dois no terreno (‘T3tris.2 e Geração Tecla’).
A autarquia de Braga é parceira nestes projectos que, na opinião da vereadora da acção social, Palmira Maciel, “são de apoiar e acariciar porque leva-nos a uma Braga inclusiva. Este trabalho fora das escolas é de uma cidade que se quer educadora e inclusiva.
Palmira Maciel sublinhou o importante papel desenvolvido por estes jovens, junto da comunidade cigana, que noutros tempos nem iam à escola.