in Jornal de Notícias
A CGTP reivindicou um aumento salarial de 3% para 2014, que garanta pelo menos uma subida de 30 euros nas remunerações, e a fixação do salário mínimo nacional nos 515 euros ainda em setembro.
A proposta reivindicativa aprovada pelo Conselho Nacional da Intersindical, divulgada em conferência de imprensa, prevê ainda uma nova revisão da Remuneração Mínima Mensal em janeiro do próximo ano, para 550 euros.
O Salário Mínimo Nacional (SMN) é atualmente de 485 euros.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, lembrou aos jornalistas que o acordo de concertação social de 2006, que fixou o aumento gradual do SMN, previa que esta remuneração chegasse aos 500 euros em janeiro de 2011, o que não aconteceu.
"Os trabalhadores que auferem o SMN já perderam, desde janeiro de 2011, 510 euros, o que corresponde a mais de um salário", disse o sindicalista.
A proposta reivindicativa da CGTP para 2014 prevê ainda a atualização das pensões, a restituição dos subsídios de férias, a redução do IRS e a revogação das alterações que foram feitas ao Código do Trabalho.
O combate ao desemprego e à precariedade, a melhoria da proteção social, a reabilitação urbana, o aumento da produção nacional e o fim dos ataques aos trabalhadores da administração pública são outras das reivindicações da Intersindical. "Estas reivindicações são possíveis de concretizar e são necessárias às famílias e ao desenvolvimento do país", disse Arménio Carlos.
O lider da CGTP anunciou ainda que a central sindical está a preparar documentos com propostas que definem "uma verdadeira reforma fiscal" porque considera que o Governo não pode apenas baixar o IRC.