10.10.13

A pobreza mata, segundo estudo demográfico alemão

in RTP

Uma investigação do Instituto Max-Planck compara a esperança de vida dos grupos com maiores e menores pensões de reforma, chegando à conclusão de que existe uma diferença de cinco anos entre a base e o topo da tabela. Essa diferença resulta, por outro lado, de um constante agravamento dos desníveis existentes anteriormente.

O estudo do Max Planck Institut refere-se à realidade alemã e não toma em conta níveis de pobreza de países africanos, asiáticos ou latino-americanos. Mesmo assim, ele conclui que a "tesoura" entre as longevidades expectáveis dos reformados mais pobres e dos mais abastados tem vindo a abrir-se muito significativamente desde meados dos anos 90.

Assim, há cerca de uma década, os reformados do topo da tabela viviam em média mais 3 anos do que os do nível mais baixo (na Alemanha oriental a diferença era ligeiramente maior: 3,5). Em 2008, a diferença agravara-se: 4,8 anos na Alemanha ocidental e 5,6 nas regiões da antiga RDA.

Segundo o estudo do instituto, um reformado "rico" de 65 anos podia em 2008 esperar em média mais 20 anos de vida, ao passo que um reformado "pobre" da mesma idade só podia esperar 15 anos.

O estudo apresenta défices importantes: apenas se refere à população masculina e ignora por completo a população imigrante.