Num total de 193 países de todo o Mundo, Portugal é o 30.º pior caso em termos de empobrecimento por habitante. Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) que comparam 2019 com 2020, reportados pelo Dinheiro Vivo, mostram que Portugal está já a sofrer as consequências da pandemia e das medidas de confinamento.
Recorde-se que o PIB per capita, a preços constantes e em paridades de poder de compra, é o indicador utilizador para avaliar o empobrecimento real dos cidadãos. Desta forma, a riqueza de cada país pode ser comparada directamente, apesar das diferenças de nível de vida, por exemplo. Segundo o FMI, o empobrecimento per capita registado, este ano, em Portugal foi um dos piores da História Moderna do País.
A riqueza produzida em 2020, dividida por habitante, cai, em média, mais e 31,3 mil dólares, algo como, 2.900 euros anuais per capital. As contas do Dinheiro Vivo apontam para menos 242 euros de riqueza por mês, levando Portugal a assumir a 30.ª quebra mais pesada. Neste caso, é usado o PIB per capita corrigido.
Em termos relativos, o PIB per capita português recua 10% este ano, o que representa a 40.ª maior descida no Mundo, ex-aequo com o México e França.
Com uma quebra prevista pelo Governo de 8,5% na actividade económica (9,3% pelas contas do FMI), será mesmo a segunda pior recessão desde 1928. Há cerca de 90 anos, o Banco de Portugal dava conta de um recuo de 9,7%.
No top 10 da maior riqueza por habitante surgem Luxemburgo, Singapura, Qatar, Irlanda, Suíça, Noruega, Estados Unidos da América, Brunei Darussalam, Macau e Emirados Árabes Unidos. No sentido inverso, os mais pobres são Burundi, Sudão do Sul, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Malawi, Níger, Moçambique, Libéria, Chade e Togo.