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A Cáritas Diocesana de Évora está a receber «cada vez mais» pedidos de ajuda de pessoas que ficaram desempregadas e passam por «situações difíceis de sobrevivência» e de idosos que vivem «isolados», alertou hoje o presidente da instituição.
«Somos procurados por pessoas que até estariam bem na vida, porque tinham bons empregos, e até por licenciados que nos procuram em situação de desespero porque perderam os seus empregos», contou à Agência Lusa o presidente da Cáritas de Évora, Luís Rodrigues.
De acordo com o mesmo responsável, devido à actual crise, «há cada vez mais pobreza e mais gente a bater à porta» da instituição a «pedir ajuda» quer para a alimentação, quer para pagar outras despesas.
«Existe muita procura de comida e de dinheiro para pagar as rendas de casa, os medicamentos e outras coisas, porque as pessoas perderam condições para poderem pagar», disse, considerando que o desemprego «conduziu algumas famílias a situações difíceis de sobrevivência».
Luís Rodrigues indicou que, além destas situações, também «batem à porta» da Cáritas de Évora famílias que não conseguem pagar os créditos que fizeram e que, por isso, «ficaram mais limitadas».
«Ainda conseguimos ajudar algumas famílias nesta situação, mas não ajudamos todas, porque também não temos assim tantos recursos», referiu.
Os alimentos que a Cáritas de Évora faz chegar aos carenciados são comprados pela instituição ou oferecidos por algumas empresas de distribuição, enquanto que o dinheiro entregue às pessoas com dificuldades económicas é disponibilizado mensalmente pela Fundação Eugénio de Almeida, de Évora.
A instituição presta também um serviço de apoio ao domicílio na cidade alentejana, que abrange 278 pessoas, a maioria idosas, e possui 20 pólos que cobrem dois terços da área da Diocese, que abrange a totalidade dos concelhos do distrito de Évora e alguns de Portalegre, Santarém e Setúbal.
Lusa/SOL