in Jornal de Notícias
Quase metade dos portugueses pensa que a disparidade salarial de 16,4%% entre homens e mulheres na União Europeia é um problema grave e 65% defende que seja a UE a encontrar soluções para a situação.
De acordo com um estudo de opinião do Eurobarómetro, em que foram entrevistados 25.539 cidadãos da União Europeia, entre os quais 1.003 portugueses, estes estão um pouco mais otimistas que os seus congéneres europeus relativamente às disparidades salariais entre homens e mulheres.
O estudo só será divulgado na integra na próxima semana, antes do dia internacional da mulher.
A parte divulgada esta sexta-feira pela delegação do Parlamento Europeu em Lisboa a propósito do "Dia Europeu da Igualdade Salarial", mostra que 46% dos portugueses considera grave a disparidade salarial entre homens e mulheres e 18% considera-a muito grave.
Dos cidadãos da UE, 46% consideram a diferença salarial grave e 23% consideram-na muito grave.
Dos inquiridos, 26% dos portugueses consideraram a diferença salarial pouco grave assim como 21% dos cidadãos da UE.
Quanto à resolução do problema, 65% dos portugueses inquiridos consideram que a solução deve partir da UE e 24% consideram que deve ser encontrada a nível nacional.
Do total dos inquiridos, 47% defendem uma solução ao nível da UE e 38% a nível nacional.
O princípio do salário igual para trabalho igual está consagrado nos Tratados da UE desde 1957.
Segundo a Comissão Europeia, Portugal é um dos Estados-membros - a par da Bulgária, França, Letónia, Hungria e Roménia - onde as diferenças salariais entre homens e mulheres têm vindo a aumentar.