"Precisamos de uma cultura mais profunda de voluntariado", diz Passos Coelho

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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje a necessidade "de uma cultura mais profunda de voluntariado", salientando medidas do Governo como as horas de voluntariado nos certificados escolares e o selo de escola solidária. No discurso da cerimónia de comemoração dos 20 anos da introdução da Bioética Científica em Portugal, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Passos Coelho salientou as "obrigações políticas e éticas reforçadas para com os membros mais vulneráveis da nossa sociedade".

Dando como exemplo a necessidade de "tornar a sociedade mais acolhedora para as pessoas portadoras de deficiência", o primeiro-ministro afirmou que esta "preocupação" tem que levar os portugueses "mais longe", sendo por isso preciso "uma cultura mais profunda de voluntariado".

"É com esse objetivo em mira que o Plano Nacional do Voluntariado, que de resto deve ser apresentado muito brevemente, incentivará a responsabilidade social das empresas e da administração pública e é com esse objetivo que queremos mudar a lei do voluntariado para a adaptar a novas realidades e para valorizar mais o tempo de apoio para efeitos de benefícios laborais e sociais", explicou.

Para Passos Coelho, "esse aprofundamento da cultura cívica, como é a do voluntariado, só será possível se as gerações mais jovens o tomarem como seu".

"Queremos incluir a colocação de horas de voluntariado nos certificados escolares para efeitos de valorização escolar e cívica. Queremos que as escolas que se distinguem na promoção de planos de voluntariado possam ser diferenciadas entre si através de um selo de escola solidária", sublinhou.

O governante disse ainda que "estas medidas não poderão deixar de resultar de uma coordenação muito grande entre o Ministério da Educação e o Ministério da Solidariedade", à medida que se aproxima a preparação do novo ano letivo de 2012/2013.

Passos Coelho lembrou ainda que "no acordo tripartido de concertação social, recentemente assinado pelo Governo e pelos parceiros, está incluído a manutenção de programas que tenham em especial atenção a inserção de pessoas especialmente vulneráveis, nomeadamente os portadores de deficiência".

Lusa