Ana Rute Silva,in Público on-line
O número de novos prédios em construção diminuiu 30% em Novembro e nem as obras de reabilitação salvam o sector.
A carteira de encomendas das empresas da construção civil caiu para metade em Outubro e em termos homólogos trimestrais, avança a Federação Portuguesa da Indústria da Construção (FEPICOP).
De acordo com uma análise de conjuntura, divulgada esta segunda-feira, a situação financeira das empresas piorou 20,7%, tal como as perspectivas de emprego, que recuaram 18,1%. O número de insolvências no sector cresceu 43,7% em Novembro e, no terceiro trimestre, o emprego desceu pela quinta vez consecutiva, “acusando a destruição de 85.200 postos de trabalho e uma queda de 19,3% face ao mesmo trimestre do ano anterior”, refere a FEPICOP.
O número de novos prédios em construção diminuiu 30% em Novembro e nem as obras de reabilitação salvaram o negócio: reduziram 8,8%. “As quebras continuam igualmente a acumular-se no segmento das Obras Públicas, onde, nos primeiros 10 meses do ano, o valor dos concursos abertos e adjudicados caíram, respectivamente e em termos homólogos, 43,9% e 50,2%”, adianta.
A FEPICOP aponta a queda da procura, os elevados encargos fiscais e os atrasos nos pagamentos do Estado como os principais condicionantes da actividade.