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Um em cada cinco sem-abrigo na Grécia tem um título universitário, segundo um relatório apresentado hoje em Atenas sobre “a mudança radical” do perfil dos novos sem-abrigo.
Embora não haja estatísticas oficiais, a Grécia tem atualmente cerca de 20.000 pessoas a viver na rua, segundo Olga Theodorikaku, da organização não-governamental Klimaka, autora do relatório.
Quase dois terços (65 por cento) são “novos sem-abrigo”, a viver na rua há dois anos ou menos.
“O perfil dos novos sem-abrigo mudou radicalmente. Antes da crise, a maioria era pessoas com problemas mentais ou de abuso de álcool e drogas”, explicou Theodorikaku citada pela Efe.
A maioria dos novos “sem-abrigo”, contudo, tinha trabalho, muitos deles nos setores mais afetados pela crise: construção (24,8 por cento), privado (22 por cento), independentes (18 por cento) e turismo (16 por cento).
A Grécia atravessa o quinto ano de recessão económica e regista uma taxa de desemprego de 26 por cento.
A ONG Klimaka, que dá assistência a entre 150 e 200 sem-abrigo por dia, lamentou a pouca atenção das autoridades em relação a estas pessoas, que não recebem nenhum tipo de ajuda e “estão completamente excluídas do sistema de saúde público”, disse a responsável.