9.12.12

Riqueza produzida contraiu 3% nos primeiros nove meses do ano

in Jornal de Notícias

O PIB, indicador da riqueza produzida no país, diminui 3% no conjunto dos três primeiros trimestres de 2012, com o abrandamento das exportações e a redução menos acentuada das importações a darem uma contribuição menos positiva para o desempenho no terceiro trimestre.

De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais publicadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, a contribuição para o PIB no terceiro trimestre (em termos homólogos) só melhorou no que diz respeito à procura interna.

Ainda assim, a procura interna continua a apresentar resultados negativos passando de uma queda de 8,3% no segundo trimestre (compara com segundo trimestre de 2011) para uma queda de 7,1% no terceiro trimestre (compara com terceiro trimestre de 2012).

Este resultado surge devido a uma queda menos expressiva no investimento, que passa de -20,8% no segundo trimestre (em termos homólogos) para -14,2% no terceiro trimestre, e do consumo público, cuja queda é menor no terceiro trimestre, ao passar de -5,3% para -4,7%.

No entanto, as famílias continuam a apertar o cinto e assim o consumo privado agrava novamente as quedas que tem vindo a registar nos últimos trimestres, passando de -5,5% no primeiro trimestre, para -5,8% no segundo trimestre e agora 6% no terceiro trimestre.

As exportações e as importações foram no sentido inverso e começam a abrandar o seu contributo positivo para estas contas.

A taxa de variação homóloga das exportações tem vindo a abrandar de forma significativa desde o primeiro trimestre deste ano, altura em que atingia os 8,2%, passando para 3,7% no segundo trimestre e finalmente para 1,7% no terceiro trimestre.

A redução nas importações de bens e serviços até tinha aumentado no segundo trimestre -- tem um perfil menos constante -- de -5,4% do primeiro trimestre para os -10,8% no segundo trimestre, mas voltou a abrandar no terceiro trimestre para os -8,2%.

O Produto Interno Bruto (PIB) em termos homólogos sofreu uma contração de 3,5% no terceiro trimestre (agravamento de 0,1 pontos percentuais face à primeira estimativa), após uma queda de 3,1% no segundo trimestre, e de 2,3% no primeiro trimestre do ano.