Fabíola Maciel, in Público on-line
O MSE descreve agências como “instrumentos de promoção e perpetuação do trabalho precário, sem direitos, mal pago”.
MSE quer que Centro de Emprego "promova o emprego com direitos" Adriano Miranda .
O Movimento Sem Emprego (MSE) exigiu, esta terça-feira, o fim das empresas de trabalho temporário, que considera estarem a contribuir para o aumento do trabalho precário em Portugal.
Em comunicado, o MSE assegura que a facturação anual das empresas de trabalho temporário chega aos 600 milhões de euros e denuncia que essas agências “não são mais do que instrumentos de promoção e perpetuação do trabalho precário, sem direitos, mal pago”.
O MSE alerta que as empresas de trabalho temporário são “intermediárias entre o trabalhador e o patrão que vivem de lucros conseguidos através da usurpação de parte do salário dos trabalhadores e que legitimam a desresponsabilização das empresas perante estes” e questiona: “Afinal qual o papel do Centro de Emprego?”
“Gerir subsídios de desemprego? Controlar os trabalhadores desempregados para, à primeira oportunidade, lhes retirar o subsídio? Manipular os números de desemprego? Porque não é o Estado, através do Centro de Emprego, a cumprir esta tarefa?”, interroga-se ainda no documento.
Para o movimento, o Centro de Emprego deve assumir “a função para o qual foi criado”, ou seja, “promover o emprego com direitos”.