«A pobreza continua a ter um rosto feminino»

Texto Miguel Marujo, in Fátima Missionária

As mulheres não beneficiaram de igual modo dos progressos alcançados no cumprimento das metas de combate à pobreza até 2015, conhecidos como os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. «Todos nós temos o dever de alterar isso»

Um responsável das Nações Unidas destacou esta quinta-feira a necessidade de se fazer mais para alcançar a igualdade de género e o chamado «empoderamento» das mulheres. Afinal, os progressos obtidos com o programa de redução da pobreza para metade até 2015, estabelecidos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), não foram atingidos de igual forma por todos. Neste caso: por todas.

«A pobreza continua a ter um rosto feminino», sublinhou o subsecretário-geral para os Assuntos Económicos e Sociais, Wu Hongbo. «Todos nós temos o dever de alterar isso. Todos nós temos um papel em trazer essa mudança. As mulheres são importantes agentes de desenvolvimento, mas elas só serão capazes de servir como agentes de desenvolvimento se tiverem um ambiente que lhes permita [desenvolver] o seu potencial».

«Olhando para o futuro», acrescentou Wu, «temos de garantir que a igualdade de género e o ‘empoderamento’ das mulheres estão no centro de uma agenda de desenvolvimento global pós-2015».

O responsável da ONU falava na abertura do encontro político de Viena – intitulado «Promover a igualdade de género e o ‘empoderamento’ das mulheres: o papel da cooperação para o desenvolvimento» – organizado pelo Departamento da ONU para os Assuntos Económicos e Sociais, que Wu lidera, em parceria com a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Género e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e o Governo da Áustria.