por Olímpia Mairos, in RR
Às portas da instituição estão a chegar situações dramáticas de pessoas que perderam o emprego, que ficaram sem subsídios ou que foram alvo de cortes nos seus salários. Além de alimentos e vestuário, as ajudas mais solicitadas estão relacionadas com o pagamento de electricidade e gás.
A Cáritas Diocesana de Bragança regista um aumento do número de pedidos de ajuda. Nos últimos três meses do ano passado deu apoio a mais de três mil pessoas, e nos primeiros dois meses deste ano já foram mais de duas mil a receber apoio da instituição.
“Tem-se notado um grande acréscimo de procura”, refere à Renascença a presidente da Cáritas de Bragança, Beatriz Fernandes.
Às portas da instituição estão a chegar situações dramáticas de pessoas que perderam o emprego, que ficaram sem subsídios ou que foram alvo de cortes nos seus salários e que, por isso, “ficaram sem capacidade para fazerem face às suas despesas”.
Além de alimentos e vestuário, as ajudas mais solicitadas estão relacionadas com o pagamento de electricidade e gás.
Nestas situações, é a própria Cáritas de Bragança que, junto das instituições, procede ao pagamento das contribuições em falta, mas nem sempre tem resposta imediata para os casos que lhe batem à porta. “Nós temos pessoas a quem ainda não conseguimos resolver o problema e, por isso, não têm luz”, revela Beatriz Fernandes.
“Há uns meses atrás víamos as notícias e pensávamos que era só nos meios mais citadinos; hoje, a crise já está aqui, connosco; já estamos a sofrer as consequências”, nota a responsável, ao mesmo tempo que faz votos para que a situação se altere e que os pedidos de ajuda diminuam.
“Vamos esperando que parem de crescer, pois já são números que nos afligem e preocupam.”