28.10.22

EAPN: Aposta no apoio domiciliário pode ser um desafio futuro das IPSS

in a Reconquista

As IPSS têm falta de recursos humanos, pelo que o novo paradigma passa pela aposta reestruturada no apoio domiciliário.

Um dos encontros decorreu no Lar Major Rato em Alcains

O Núcleo Distrital de Castelo Branco da Rede Europeia Anti Pobreza (EAPN), no âmbito do Dia Internacional de Erradicação da Pobreza (celebrado a 17 de outubro), promoveu, dia 19 na Santa Casa da Misericórdia da Covilhã e dia 20 no Lar Major Rato em Alcains, em parceria com estas instituições anfitriãs, mas também com o Instituto Português do Desporto e Juventude, a delegação de Castelo Branco da Cruz Vermelha Portuguesa e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Castelo Branco, um encontro de associados, onde analisaram o impacto da crise na vida das instituições.

O encontro de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), associadas à EAPN, teve como foco um “debate de Reflexão da situação atual das instituições do Distrito de Castelo Branco”, na semana dedicada à “Erradicação da Pobreza”.

O Núcleo Distrital de Castelo Branco da EAPN, “tendo um olhar atento às questões das respostas sociais do distrito, associadas à Pobreza e Exclusão Social, que se agravam, debruçou-se neste debate sobre o modelo social atual, com o intuito de contribuir para a construção de um novo paradigma”. Desde logo, “a pandemia, trouxe novos desafios às entidades de cariz social e para os quais não estavam preparadas. Muitas dificuldades foram superadas, enquanto outras se mantêm, obrigando a outras soluções que passam pela formação, pelas respostas sociais e de grande apoio financeiro para manter as respostas que oferecem à comunidade”, avançam os promotores, acrescentando que “o decréscimo de utentes nas respostas socias de Centro de Dia, Apoio Domiciliário, e Centros de Convívio, levaram os utentes a procurarem resposta de ERPI (Estrutura Residencial Para Idosos - Lar) com o aumento da fragilidade das pessoas, devido à dependência e de muitos residirem isolados da comunidade”.

Por outro lado, “a média de idades muito altas, nas direções das IPSS, leva a repensar no rejuvenescimento das mesmas, mas a falta de recursos humanos é notório em todas a instituições, as quais têm que rever todos os seus quadros. O problema mais eminente de hoje e de futuro é o quadro de pessoal”. Além disso, “o envelhecimento populacional de algumas freguesias, leva ao acentuar da questão dos recursos humanos e que futuro, têm as organizações para manter as respostas à comunidade”.

Os associados da EAPN defendem assim que “o apoio domiciliário será o paradigma do futuro, nos próximos anos, numa aposta mais individualizada às necessidades das pessoas, envolvendo uma rede de parceiros locais de forma a envolver todos na reposta social, habitacional e saúde”.