Os dados revelados são do Eurostat que deixa um alerta: as crianças que crescem em situação de pobreza e exclusão social têm maior dificuldade em obter bons resultados escolares.
Cerca de uma em cada quatro crianças portuguesas com menos de 18 anos (22,9%) vivia, em 2021, em situação de pobreza ou exclusão social, um valor abaixo da média da União Europeia (UE 24,4%), segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
De acordo com o
serviço de estatística da UE, a pobreza e a exclusão social abrangem ainda 22,5% das pessoas acima dos 18 anos, com a média da UE a registar um valor aquém do de Portugal (21,1%).
Entre os Estados-membros, em 2021, as maiores percentagens de crianças em risco de pobreza e exclusão social foram registadas na Roménia (41,5%), Espanha (33,4%) e Bulgária (33,0%) e as menores, por seu lado, na Eslovénia (11,0%), Finlândia (13,2%) e República Checa (13,3%).
O relatório também avança que em 18 dos 27 Estados-membros, as crianças estavam em maior risco do que os adultos. As maiores diferenças entre os dois grupos etários registaram-se no Luxemburgo (10,5 pontos percentuais), Roménia (8,7), Espanha e Áustria (ambos 6,8).
Pelo contrário, os adultos estavam em maior risco na Letónia, na Estónia, na Dinamarca, na Croácia, na Eslovénia, na Lituânia, nos Países Baixos, na Finlândia e na Polónia (9 Estados-membros).
O Eurostat sublinha que as crianças que crescem em situação de pobreza e exclusão social têm maior dificuldade em obter bons resultados escolares, em ser saudáveis e a perceber o seu potencial no futuro.
Correm ainda maior risco de desemprego, pobreza e exclusão social em adultos.