6.10.22

Uma em cada cinco pessoas vive em risco de pobreza na União Europeia

Filipa Maria, in EcoOnline

Em 2021, a União Europeia tinha 21,7% da população em risco de pobreza ou exclusão social, sendo que Portugal fica em sétimo lugar na lista (22,4%). Fenómeno é mais elevado entre as mulheres.

A União Europeia (UE) tem 95,4 milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, o equivalente a 21,7% da sua população, segundo dados de 2021 do Eurostat. O gabinete de estatísticas da UE sublinhou esta quinta-feira que os dados representam um avanço face aos 21,6% registados em 2020, afetando 94,8 milhões de pessoas.

No entanto, o risco de pobreza ou exclusão social varia entre os Estados-Membros da UE, sendo que as percentagens mais elevadas de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social foram observadas na Roménia (34%), Bulgária (32%), Grécia e Espanha (ambos 28%). Portugal fica em sétimo lugar na lista com 22,4%, após um aumento superior a dois pontos percentuais, sendo que em 2020 este indicador estava nos 20%.

Já os países com as percentagens mais baixas de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social foram a República Checa (11%), Eslovénia (13%) e Finlândia (14%).População em risco de pobreza ou exclusão social nos Estados-Membros da UE, por percentagem.
Fonte: Eurostat

Em termos gerais, isto significa que uma em cada cinco pessoas na UE vive em agregados familiares marcados por um ou mais fatores como risco de pobreza, privação social e/ou material severa, ou com uma intensidade de trabalho muito baixa, esclarece o Eurostat. Dentro do grupo de pessoas em risco pobreza ou exclusão social na UE, cerca de 5,9 milhões, ou 1,3% do total, vive em agregados familiares que enfrentam simultaneamente os três tipos de risco mencionados.

Ao analisar individualmente cada tipo de risco, o gabinete de estatísticas europeu avança que, enquanto 73,7 milhões de pessoas na UE estão em risco de pobreza, 27 milhões encontram-se gravemente desfavorecidas em termos materiais e socialmente. Já 29,3 milhões vivem num agregado familiar com baixa intensidade de trabalho.

Adicionalmente, o risco de pobreza ou exclusão social é mais elevado para as mulheres do que para os homens, estando este indicador nos 22,7% contra 20,7%, respetivamente. Em paralelo, 22,5% da população, ou mais de um quinto, vive em agregados familiares com filhos a seu cargo sob este tipo de risco.