in Jornal de Notícias
Os estudantes do Ensino Superior saem, esta quinta-feira, à rua para exigir, em frente à Assembleia da República, mais apoios sociais que lhes permitam continuar a estudar.
A concentração está marcada para o Marquês de Pombal, seguindo-se um desfile de protesto até São Bento, onde será lida uma moção, disse à agência Lusa Paulo Antunes, da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que organizou o protesto com outras estruturas.
"Decidimos convidar outras associações para decidirmos o que devíamos fazer para celebrar o 24 de março", Dia do Estudante, contou.
A melhor forma que encontraram para assinalar a data vivida há meio século por estudantes que viriam a marcar a vida pública portuguesa foi a realização de uma manifestação para reivindicar mais Acção Social Escolar e condenar o fim da comparticipação do passe sub-23.
Os estudantes tinham direito a um desconto de 50 por cento, quer era suportado pelo Estado, passando este ano a 25 por cento e a partir de junho só os alunos de famílias mais carenciadas terão direito a uma comparticipação do passe social.
"A propina também está nas nossas preocupações, devido à redução de financiamento do Ensino Superior pelo Orçamento do Estado", acrescentou a mesma fonte.
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) anunciou, na semana passada, uma recomendação às instituições para que passem a cobrar a propina máxima no próximo ano letivo, com vista à criação de um fundo social.
Paulo Antunes, frisou, por outro lado, que ainda há estudantes à espera da atribuição de bolsa e muitos outros que a perderam.
O dirigente associativo não arrisca números para a manifestação, mas espera autocarros do Porto, de Évora e de outros pontos do país.
Aos colegas que não possam deslocar-se a Lisboa, aconselha ações simbólicas nas várias universidades para marcar a data e exigir melhores condições.