11.3.12

Crise: Há famílias em "situação difícil de sobrevivência"

in Correio da Manhã

A Cáritas Diocesana de Évora está a receber "cada vez mais" pedidos de ajuda de pessoas que ficaram desempregadas e passam por "situações difíceis de sobrevivência" e de idosos que vivem "isolados", alertou esta sexta-feira o presidente da instituição.

De acordo com Luís Rodrigues, presidente da Cáritas de Évora, devido à actual crise, "há cada vez mais pobreza e mais gente a bater à porta" da instituição a "pedir ajuda" quer para a alimentação, quer para pagar outras despesas.

"Existe muita procura de comida e de dinheiro para pagar as rendas de casa, os medicamentos e outras coisas, porque as pessoas perderam condições para poderem pagar", adiantou, considerando que o desemprego "conduziu algumas famílias a situações difíceis de sobrevivência".

Luís Rodrigues indicou que, além destas situações, também "batem à porta" da Cáritas de Évora famílias que não conseguem pagar os créditos que fizeram e que, por isso, "ficaram mais limitadas".

"Ainda conseguimos ajudar algumas famílias nesta situação, mas não ajudamos todas, porque também não temos assim tantos recursos", referiu.

Os alimentos que a Cáritas de Évora faz chegar aos carenciados são comprados pela instituição ou oferecidos por algumas empresas de distribuição, enquanto o dinheiro entregue às pessoas com dificuldades económicas é disponibilizado mensalmente pela Fundação Eugénio de Almeida, de Évora.

A instituição presta também um serviço de apoio ao domicílio na cidade alentejana, que abrange 278 pessoas, a maioria idosas, e possui 20 polos que cobrem dois terços da área da Diocese, que abrange a totalidade dos concelhos do distrito de Évora e alguns de Portalegre, Santarém e Setúbal.