2.8.12

Mais de 13 mil professores do quadro sem horário no próximo ano lectivo

Por Bárbara Wong, Clara Viana, in Público on-line

O ano passado eram pouco mais de três mil docentes. Apenas 1500 professores foram retirados das listas, de regresso à escola.


Mais de 13 mil professores do quadro estão sem horário para o próximo ano lectivo e sujeitos a concurso de mobilidade interna. O Ministério da Educação e Ciência publicou, pela primeira vez, as listas provisórias e a dos professores retirados, aqueles que foram repescados: 1548.

As escolas declararam 13.306 professores do quadro sem componente lectiva. Estes são os que estão em situação de mobilidade interna. E que as escolas poderão ainda repescar à lista.

Este ano, os directores foram obrigados a indicar, até ao passado dia 13, os docentes sem componente lectiva. Isto foi feito sem que estivessem ainda terminados os processos de matrículas e de constituição de turmas. Quatro dias depois, em reacção aos elevados números apontados, o ministro Nuno Crato anunciou que os docentes podiam ser repescados para actividades de apoio que contariam como componente lectiva. Nesta situação, estão apenas 1548 professores, que serão responsáveis por medidas de combate ao abandono e de promoção do sucesso escolar.

Curiosamente, os professores de Português do 3.º ciclo, bem como os de Matemática dos 2.º e 3.º ciclos, são dos mais afectados, 1241 e 986, respectivamente, estão nas listas provisórias. O grupo com mais professores nesta situação é o do 1.º ciclo, com 2729.

Entre os próximos dias 9 e 13 as escolas voltam a ter acesso à aplicação informática e podem chamar mais professores. "A expectativa é que bastantes sejam retirados da lista porque fazem falta nas escolas", espera Arlindo Ferreira, do Blog de ArLindo e que já fez a contabilidade das listas, lembrando que no ano passado, estavam nesta situação 3480, tendo ficado por colocar a 1 de Setembro apenas 1415 professores.

De recordar que entre as medidas que levaram tantos professores a figurar nestas listas estão o aumento de número de alunos por turma, a criação dos mega-agrupamentos e a revisão curricular.