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O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, fixou hoje o objetivo de fazer desaparecer a pobreza extrema até 2030 e considerou que isso vai exigir “esforços extraordinários” e uma aceleração do crescimento económico.
“Um mundo livre de pobreza e de exclusão económica está ao nosso alcance (…) Atingir esse objetivo exigirá esforços extraordinários, mas quem pode ter dúvidas de que vale a pena?”, afirmou Kim num discurso na Universidade de Georgetown, em Washington.
O objetivo é o primeiro anunciado pelo presidente do Banco Mundial, em funções desde julho.
Kim precisou que, com a ajuda dos 188 Estados membros do Banco Mundial, pretende reduzir a proporção de pessoas a viver com menos de 1,25 dólares por dia (97 cêntimos de euro) de 21% em 2010 para 3% em 2030.
“Abaixo dos 3%, o desafio da pobreza extrema muda completamente de natureza. O foco da nossa ação deixará de ser as medidas estruturais para passar a ser medidas dirigidas a pequenos grupos (…) A luta contra a pobreza em massa que os países travam há séculos estará ganha”, disse.
Em 2000, a comunidade internacional definiu oito Objetivos do Milénio para o Desenvolvimento a atingir até 2015. Um deles era reduzir a pobreza para metade, o que foi alcançado em 2010, “com cinco anos de avanço”, afirmou Kim.
O presidente do Banco Mundial fixou um segundo objetivo, mais difícil de quantificar: o de aumentar os rendimentos dos 40% mais pobres das populações de todos os países.
“Isto exige que não nos preocupemos apenas em saber se os países em desenvolvimento progridem, mas que vejamos diretamente se a situação das populações mais pobres melhora. É um objetivo importante para todos os países”, disse.
Para concretizar com êxito estes dois objetivos, o presidente do Banco Mundial afirmou não ter um remédio milagroso, mas considerar indispensável que “o crescimento económico se acelere”, em particular no sul da Ásia e na África subsaariana.
Segundo estimativas do Banco Mundial, há cerca 1.300 milhões de pessoas a viver em extrema pobreza.