14.4.14

Desemprego mostra que o trabalho de reforma em Portugal não terminou, diz FMI

in Público on-line

O chefe de missão do FMI para Portugal, Subir Lall, afirmou, em entrevista à TVI, que há sinais encorajadores na economia portuguesa, mas que, com os actuais níveis de desemprego, não é possível dizer “que o trabalho está acabado”.

Em Washington, onde decorrem os encontros de primavera entre o fundo e Banco Mundial, Lall defendeu mais “flexibilidade no mercado de trabalho, para que os salários reflictam produtividade” e frisou que o corte salarial não é algo que esteja a ser equacionado. “Não há uma grande reforma que precise de ser feita”, acrescentou. “São centenas de pequenas reformas, ajustamentos, calibrações”.

Questionado sobre as opções que Portugal tem para o período pós-resgate, o técnico do FMI argumentou também que “não deve haver um estigma” em relação a nenhuma das opções. “Um programa cautelar, por exemplo, deve ser visto como um sinal de força e não de fraqueza, porque é um compromisso com as políticas que esperamos que sejam seguidas, quer haja programa cautelar ou não haja programa nenhum”.