9.4.14

Projetos da Cáritas apoiam populações desfavorecidas

Texto Juliana Batista, in Fátima Missionária

Na sua missão de apoio às pessoas carenciadas, a Cáritas Portuguesa está a implementar os projetos «Dar e Receber» e «Criatividade: franchising social potenciado pelo marketing social». O objetivo é lutar contra as causas da pobreza e da exclusão social.

Ao longo deste ano a Cáritas Portuguesa está a implementar no país dois projetos: «Dar e Receber» e «Criatividade – franchising social potenciado pelo marketing social». O primeiro resulta de uma parceria com a Entreajuda e visa a «criação de uma plataforma de partilha de bens doados», bem como o desenvolvimento de «grupos locais de ação social e revitalização dos existentes».

O segundo projeto foi criado para «apoiar pessoas em situação de desemprego que apresentem uma ideia para a criação do seu próprio posto de trabalho através de experiências de empreendedorismo». As duas iniciativas foram apresentadas no Conselho Geral da Cáritas Portuguesa, que decorreu em Beja, de 4 a 6 de abril, indicam os responsáveis pela organização humanitária, em comunicado.

No âmbito da campanha mundial «Uma só família humana, alimento para todos», o Conselho Geral da Cáritas contemplou uma conferência sobre o direito à alimentação. A temática foi apresentada por Carluccio Giannini, voluntário da Cáritas Espanhola, e Alfonso Apicela, coordenador da campanha global da Caritas Internationalis. Os dois mostraram ao público a «visão internacional desta campanha, os seus objetivos, iniciativas e propostas».

O evento foi uma ocasião para a Cáritas Portuguesa apresentar um projeto deixado pela Cáritas de Jerusalém, que tem o objetivo de conseguir um apoio, na área da saúde, para a população mais pobre da Palestina. Nessa linha, foram debatidas outras formas de prestar apoio à Cáritas de Jerusalém, nomeadamente, solicitando o apoio dos peregrinos portugueses à Terra Santa.

Durante a reunião, Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, falou sobre a «expetativa vivida pela aproximação do fim do programa de assistência económica e financeira», recordando que este é um momento de se «reforçar a cooperação, união e partilha de recursos e experiências, especialmente nos que visem a autonomia económica e social» dos portugueses.

Na celebração eucarística que encerrou o encontro do Conselho Geral, António Vitalino, bispo de Beja, recordou as muitas pessoas que se «sentem excluídas, abandonadas de tudo e de todos», nomeadamente «os idosos entregues à solidão, jovens sem trabalho e sem rumo, famílias sem pão e sem trabalho». Segundo o prelado, numa altura em que as «desigualdades se acentuam» é necessário enaltecer a «prática efetiva do amor pleno» e «garantir o total respeito pelo outro em todos os seus direitos fundamentais».