29.10.21

Uma em cada quatro crianças na UE está em risco de pobreza ou exclusão social. Portugal a meio da tabela

Joana Morais Fonseca, in Eco on-line

No ano passado, uma em cada quatro crianças na UE encontrava-se em risco de pobreza ou de exclusão social. Portugal está sensivelmente a meio da tabela, com cerca de 22% das crianças nesta situação.

Em 2020, cerca de uma em cada quatro crianças na União Europeia (UE) encontrava-se em risco de pobreza ou de exclusão social, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat. Portugal está, sensivelmente a meio da tabela, com cerca de 22% das crianças nesta situação.

Os dados do gabinete de estatísticas da UE revelam que, no ano passado, 24,2% das crianças com menos de 18 anos do bloco comunitário corriam o risco de pobreza ou de exclusão social, um aumento de 22,8% face a 2019. Quanto aos adultos entre os 18 aos 24 anos e aos idosos com 65 ou mais anos este indicador é ligeiramente inferior, situando-se em 21,7% e 20,4%, respetivamente.

Ainda assim, também nos adultos e nos idosos o risco de pobreza aumentou em 2020, um ano marcado pela pandemia, que afetou os rendimentos de várias pessoas. Isto porque, em 2019, 21,1% dos adultos encontravam-se nesta situação, bem como 19,4% das pessoas com 65 anos ou mais.

No que concerne ao risco de pobreza e exclusão social nas crianças, Portugal encontra-se sensivelmente a meio da tabela, na 12.ª posição e abaixo da média comunitária, com 21,9% da população em risco de pobreza ou de exclusão social, valor idêntico ao da Áustria e semelhante ao registado em 2019.

Risco de pobreza ou exclusão social das crianças na UE em 2020.Fonte: Eurostat

Os Estados-membros onde esta situação é mais acentuada são a Roménia, onde 41,5% das crianças foram identificados como estando em situação de risco de pobreza ou exclusão social, seguida da Bulgária (33,2%), de Espanha (31,8%) e, em quarto lugar, da Grécia (31,5%).

No extremo oposto, os Estados-membros da UE com menor proporção das crianças em risco de pobreza ou de exclusão sociais são a Eslovénia (12,1%), seguida pela República Checa (12,9%), Dinamarca (13,5%) e Finlândia (14,5%).