Registam-se descidas nos setores de atividades, agrícolas e industriais e serviços em termos homólogos. A redução do desemprego registou-se em todas as regiões do país.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou 3,3% em fevereiro em relação a janeiro e diminuiu 20,3% face ao mesmo mês do ano passado, para 344.264, informou esta segunda-feira o IEFP.
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Segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em fevereiro havia, assim, menos 11.604 desempregados inscritos do que no mês anterior e menos 87.579 desempregados inscritos do que em fevereiro de 2021, quando o país enfrentava o segundo confinamento geral devido à covid-19.
De acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social o universo de 344.264 desempregados registados corresponde ao valor mais baixo desde o início da pandemia.
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O Ministério liderado por Ana Mendes Godinho assinala ainda que o recuo em 11.605 desempregados observado no mês passado (face ao imediatamente anterior) corresponde à maior descida alguma vez ocorrida em fevereiro desde que esta série de dados teve início, em 2003.
Os dados esta segunda-feira divulgados interrompem a subida em cadeia que se registava há dois meses consecutivos relativamente ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego, sendo que a redução em cadeia foi transversal a praticamente todas as regiões do país, exceto nos Açores, onde houve uma subida de 0,3%.
Ainda na vertente regional, mas em termos homólogos, registou-se um recuo do desemprego registado em todas as regiões do país, com o Algarve e a Madeira a ostentarem as maiores reduções do país com quebras de, respetivamente, 30,8% (menos 10.311 pessoas inscritas) e 29,0% (menos 5.888 pessoas inscritas).
Por seu lado, o desemprego jovem (categoria que considera as pessoas com menos de 25 anos) registou uma uma diminuição em cadeia de 3,4% em fevereiro face a janeiro (-1.304 jovens) e uma diminuição de 27,7% (-14.003 jovens) face ao período homólogo.
O número de desempregados de longa duração (categoria que abrange as pessoas inscritas há mais de um ano no centro de emprego) totalizava em fevereiro 169.023, o que traduz uma diminuição de 3,1% face a janeiro (-5.318 pessoas) e um agravamento de 1,9% (+ 3.123 pessoas) por comparação com fevereiro de 2021.
Já entre os inscritos há menos de um ano, e que totalizam 175.241, observou-se um recuo em cadeia e em termos homólogos de, respetivamente, 3,5% e 34,1%.
Por grupos profissionais, e tendo em conta a variação em cadeia, a percentagem de desempregados mais representativa citou-se nos 'trabalhadores não qualificados' (25,5%), 'trabalhadores de serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores' (21,6%) e 'Especialistas das atividades intelectuais e científicas' (10,5%).
Na comparação homóloga, o IEFP dá conta de que, excluindo os grupos com pouca representatividade no desemprego registado, "todos os grupos representaram diminuições", com destaque para os 'trabalhadores de serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores' (-25,8%), 'operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem' (-23,5%) e os 'trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices' (-22,6%).
A nível setorial registam-se descidas na generalidade dos setores de atividades, agrícolas e industriais e serviços em termos homólogos. Na evolução em cadeia, a tendência foi igualmente de queda nos serviços e indústria, mas de subida (0,8%) nas atividades agrícolas.
As ofertas de emprego recebidas ao longo do mês e fevereiro totalizaram 11.242 em todo o país, um número inferior em 1.191 às recebidas em janeiro (-9,6%), mas que superaram em 3.565 (+ 46,4%) as de fevereiro de 2021.
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego (sendo que neste caso o IEFP considera apenas os dados relativos ao Continente) foram as 'atividades imobiliárias e dos serviços de apoio' (20,4%), o 'alojamento, restauração e similares' (17,4%) e o 'comércio a grosso e a retalho' (10,7%).
As colocações (dados relativos ao Continente) revelam que se registou uma maior concentração nos 'trabalhadores não qualificados (32,1%), nos 'trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores' (16,6%) e nos 'trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices' (11,7%).