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Outras deixaram de ter capacidade para garantir celeridade no atendimento
Peditório da Cáritas angaria mais 25% do que no ano passadoEstudantes expulsos de residências por falta de dinheiroProfessores e advogados também pedem comidaCáritas recebe 10 pedidos de ajuda por horaCáritas com dificuldade em responder a pedidosO presidente da Cáritas Portuguesa afirmou, nesta sexta-feira, que existem Cáritas Diocesanas com listas de espera de um mês para atenderem famílias carenciadas, e que muitas outras deixaram de ter capacidade de garantir celeridade no atendimento.
«Não quer isto dizer que estamos a caminhar para o abismo», ressalvou, admitindo, contudo, que ainda existe «muito deserto para atravessar» nos próximos tempos.
Cerca de 37 mil pessoas estavam a receber apoio em março deste ano, segundo números avançados por 13 das 20 Cáritas Diocesanas que abrangem o território nacional.
São mais 2.000 casos registados em relação a 2011 e mais 7.000 comparativamente a 2010.
«Se dispersarmos os recursos que temos, acabamos por não ajudar significativamente ninguém. Temos de chegar a uma altura, com realismo, e dizer que só temos capacidade de ajudar até um certo limite. É isso que, em muitas cáritas, está a acontecer», revelou Eugénio Fonseca, não tendo dúvidas de que o desemprego «continua a ser a causa estruturante das situações de pobreza».
A Cáritas reuniu hoje a sua Comissão Permanente em Fátima. O encontro serviu para debater as estratégias de cooperação entre a Cáritas Portuguesa e as Cáritas Diocesanas, para além da análise e avaliação das ações em curso.