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Daniel Bessa diz que futuro da Grécia está nas mãos da Alemanha, que é "quem vai pagar".
O antigo ministro Daniel Bessa afirma que as políticas do Governo não se destinam à retoma económica e visam apenas o acerto das contas públicas.
Para o economista, que falava à margem de uma conferência no Porto, não se pode confundir retoma e crescimento com estabilização de contas.
“Estas políticas não são dirigidas à retoma, são dirigidas a acertar contas, uma contas que se foram estragando a um ponto em que não é possível controlar. Se alguém quiser confundir e dar a entender que estas políticas são para fazer a retoma económica e porque a retoma económica não se vê as políticas estão erradas, enfim, cada um falará por si, mas estas políticas não são para produzir retoma nenhuma a curto prazo.”
Sobre a permanência da Grécia na Zona Euro, o antigo ministro da Economia afirma que está apenas nas mãos da Alemanha e alerta para as consequências gravosas caso os gregos abandonem a moeda única.
Daniel Bessa considera que é, por isso, necessário, que os gregos, tal como os portugueses, aceitem algumas regras.
“Eu quero que a Grécia continue [no euro], eu quero que a Alemanha pague, mas não posso concordar com que acha que a Alemanha tem de pagar tudo e mais alguma coisa sem impor algumas condições”, argumenta.