in Agência Ecclesia
De janeiro a março, este organismo prestou ajuda em diversas áreas
A Cáritas Diocesana de Lisboa foi aquela que atendeu, nos primeiros três meses do ano, o maior número de pessoas com dificuldades.
Segundo dados fornecidos pela Cáritas Portuguesa, este o organismo da diocese de Lisboa atendeu mais de 15 mil pessoas com problemas de vária ordem que vão da falta de rendimentos até às dificuldades com questões de saúde e de habitação.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Eugénio da Fonseca presidente da Cáritas Portuguesa, ao comentar os números divulgados pelo Núcleo de Observação Social (NOS) realça que os dados “estão relacionados com o número de grupos organizados” e “na capacidade de resposta”.
No primeiro mês do ano, as Cáritas diocesanas atenderam 13815, no mês seguinte 12620 e em março 10217 casos de pessoas em situação complicada, lê-se no relatório do NOS.
Apesar da Cáritas de Lisboa apresentar um número superior às restantes, Eugénio da Fonseca sublinha que “não quer dizer que nas outras dioceses também não haja igual profundidade de problemas sociais” e o número “está relacionado também com o dinamismo da descentralização do atendimento social ao nível das paróquias”.
Das 20 dioceses apenas 13 apresentaram dados e, segundo o responsável da Cáritas Portuguesa, “apenas 65 paróquias das 4350 paróquias” que compõem o tecido eclesial em Portugal “enviam dados”.
Com os registos, pode-se “ler a realidade” de outra forma e adquire-se “um conhecimento mais objetivo” para apresentar propostas “mais adequadas às necessidades das pessoas”, frisou Eugénio da Fonseca.
Com a estação do verão à porta e a hipótese do número de atendimentos baixar, o presidente da Cáritas Portuguesa refere que “esta situação pode ser até por falta de resposta adequada”.
Os trabalhos sazonais nesta época do ano “podem ser leituras ilusórias” da realidade e refletem-se mais nas zonas litorais do país “com o turismo” e também “na agricultura, concretamente, na recolha de fruta e na vindima”, salientou.
Para além da diocese de Lisboa, Évora, Açores e Guarda também estão nos lugares cimeiros ao nível do número de atendimentos.
LFS