por Liliana Carona, in RR
“Os pais esforçam-se até fim e os miúdos choram porque não querem sair do colégio”, diz a directora do Colégio da Imaculada Conceição, em Viseu.
O regresso às aulas dá-se na próxima segunda-feira, mas para muitos alunos será um novo começo, numa nova escola. Muitos pais viram-se obrigados a tirar os filhos das escolas privadas para os inscrever nas públicas devido à falta de dinheiro no orçamento familiar.
A irmã Teresa Santos, há 20 anos a dirigir o Colégio da Imaculada Conceição, em Viseu, faz tudo para que os alunos fiquem na instituição, inclusive perguntar aos pais quanto podem pagar. Se uns dizem que podem pagar 50 euros, outros não têm mesmo dinheiro, como testemunham alguns dos pais à Renascença.
“Os pais esforçam-se até fim e os miúdos choram porque não querem sair do colégio”, lamenta.
A religiosa fala em pobreza envergonhada. “O contrato simples assenta no IRS do ano anterior, quando ainda conseguiam equilibrar as finanças. Portanto, o fosso veio agora: têm vergonha de apresentar o IRS porque estava bom e agora a situação é outra”.
A mensalidade no Colégio da Imaculada Conceição ronda entre os 200 e os 300 euros.