Dina Margato, in Jornal de Notícias
Foi vendido como incenso e fumado como se fosse canábis. Depois de consumido, o jovem sentiu palpitações cardíacas a par de sensações alucinogénias. Ponderou pedir ajuda. Recorreu às urgências.
Acabou por não o fazer. O efeito desfez-se logo a seguir, provavelmente por ter apenas experimentado, não ter repetido a dose. Em pouco mais de um mês, outros jovens, em média, abaixo dos 30 anos, tiveram outra sorte. Segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS) chegaram às urgências dos hospitais cerca de 30 casos relacionados com consumo de substâncias psicoativas, adquiridas em estabelecimentos "smartshops", dos quais resultaram 15 internamentos e dois comas. Por regiões, 11 foram registados em Lisboa e Vale do Tejo, seis no Centro do país, quatro no Algarve, dois no Porto e zero no Alentejo. Um número que aumentou no último fim de semana. Na Madeira, onde morreram quatro pessoas neste ano, o saldo de 2012 está perto das 150 pessoas, valor não oficial, a aguardar validação dos serviços da DGS.