in Jornal de Notícias
O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social disse, esta terça-feira, que o Governo vai aumentar de 65 para 100 o volume de refeições diárias servidas em cantinas sociais, cujo número também deverá aumentar.
"Constatámos que o limite de 65 refeições é pouco, já decidimos aumentar para 100 o número de refeições servidas e não será por instituição, será por unidade ou pólo da instituição", disse Marco António Costa, em Coimbra, na abertura do seminário nacional de avaliação do Programa Rede Social.
Classificando de "prioridade" o Programa de Emergência Alimentar, o governante frisou que a tutela pretende aumentar o número de cantinas sociais possibilitando que elas existam em unidades ou pólos de uma mesma instituição, cada qual servindo até ao máximo de 100 refeições.
"Se for uma instituição com dois pólos que estejam geograficamente situados de forma a responderem a populações diferentes ou próximos, mas que respondam a necessidades mais prementes em termos populacionais, terão essa capacidade", explicou aos jornalistas Marco António Costa.
O governante assumiu ainda que não existem "limites" orçamentais para o combate às necessidades alimentares da população carenciada.
"É uma necessidade básica, fundamental e, portanto, não temos, neste momento, nenhum constrangimento de natureza financeira para responder a essa necessidade", garantiu.
No discurso que proferiu perante cerca de 400 autarcas, técnicos de ação social municipais e de instituições de solidariedade social, referiu ainda que o Governo pretende que o trabalho seja "discreto e eficiente" ao nível das cantinas sociais.
"Não queremos uma lista nacional de pessoas com carências alimentares", assegurou.
Já sobre a problemática das crianças e jovens que chegam, diariamente, com fome às escolas, Marco António Costa afirmou que a situação "é só uma parte" do problema e que a sua resolução "não deve ficar confinada" à escola.
"Se há uma criança que chega à escola com fome, significa que há uma família que fica em casa e também tem fome. Temos de sinalizar no âmbito escolar para responder em sede de debelar o problema no âmbito familiar", sustentou.