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O número de pessoas que vivem em situação de pobreza pode triplicar para os 3 mil milhões até 2050 se não forem adotadas novas medidas, estima o “Relatório Económico e Social 2013”, divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o documento do Conselho Económico e Social da ONU (ECOSOC), citado pela agência de notícias EFE, existem atualmente cerca de mil milhões de pessoas a viver em bairros pobres, sem acesso a infraestruturas, a água potável, saneamento, eletricidade e serviços básicos de saúde e educação, sendo que o número pode subir para os três mil milhões em 2050 se não foram adotadas novas medidas.
O estudo afirma que a crescente procura de energia, água, serviços públicos, educação e saúde torna necessária a adoção de novas estratégias para alicerçar o desenvolvimento sustentável a nível mundial e defende a definição de novos objetivos.
O secretário-geral adjunto com a pasta do Desenvolvimento Económico na ONU, Shamshad Ajtar, sublinhou a ideia de que "o desenvolvimento sustentável será a chave para a erradicação da pobreza", acrescentando que "não é aceitável que a fome e a malnutrição, embora diminuindo nos países em desenvolvimento, permaneça persistentemente em tantos outros, pelo que é necessário promover um enfoque completo para alcançar as metas de desenvolvimento".
De acordo com o modelo seguido pelos técnicos da ECOSOC, a produção de alimentos terá de aumentar cerca de 70% a nível mundial para garantir alimento à crescente população mundial, que deve chegar aos 9 mil milhões de pessoas em 2050, das quais 6.250 milhões viverão em cidades, havendo 3.200 milhões que serão novos residentes em zonas urbanas de cidades em desenvolvimento.