23.10.13

Rui Moreira elege combate à pobreza, exclusão e desemprego como "primeiro desígnio"

in iOnline

Moreira quer ainda uma cidade “que mantém os seus hábitos, privilegia os seus costumes e que, em simultâneo, sabe arriscar e ousa inovar”

O combate à pobreza e exclusão e o apoio aos desempregados foram hoje identificados como o “primeiro desígnio” do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que destacou a importância da coesão para criar uma cidade “mais livre”.

“Num tempo de crise grave e profunda, em que tanta gente passa mal e vive com tantas dificuldades, não temos qualquer hesitação: as políticas sociais - o combate à pobreza e à exclusão, o apoio aos desempregados e às suas famílias - serão o nosso primeiro desígnio. Seremos, assim, mais livres”, afirmou, no discurso da tomada de posse.

Num discurso de oito páginas, o primeiro independente eleito presidente da Câmara do Porto anunciou querer “construir oportunidades”, por não poder “tolerar que os portuenses tenham de abandonar a cidade para encontrarem emprego”.

“Queremos e apostaremos em políticas ativas que transformarão o Porto num ambiente atrativo para o investimento”, sustentou.

Notando que “o Porto é diferente de todas as cidades” Moreira defendeu que o seu executivo quer “apostar na cultura”, de forma a garantir “essa identidade” mas também a projetar “a sua imagem” e a reforçar “o sentido de pertença e o sentimento de liberdade dos portuenses”.

“À luz destas escolhas fundamentais, o futuro da cidade passa pela nossa vontade coletiva e pela nossa capacidade conjunta para fazermos um Porto mais confortável e um Porto mais interessante”, disse.

Para o tornar mais confortável, é necessário que todos aqui encontrem “condições para viver com dignidade, e não apenas sobreviver, para estudar, para trabalhar e para envelhecer”.

Urge ainda alcançar “um Porto mais interessante porque não se fecha em si mesmo” por saber “acolher e incluir”, uma vez que “tem horizontes largos e, como desde sempre, integra em si o que vem de fora”, destacou o autarca.

“Queremos um Porto autêntico, leal e genuíno. Queremos um Porto europeu, ambicioso e desenvolvido. Queremos um Porto que, ao mesmo nível e ao mesmo tempo, conjugue tradição com modernidade”, descreveu.

Moreira quer ainda uma cidade “que mantém os seus hábitos, privilegia os seus costumes e que, em simultâneo, sabe arriscar e ousa inovar”.

“Queremos um Porto que tem orgulho na Ribeira, no Atlântico, na Casa da Música, em Serralves, no Dragão, nas Fontainhas, no Freixo. Um Porto que se revê no simbolismo da sua Muralha, uma muralhas que se prolonga fisicamente na Ponte Luis I, como quem diz, que é a força da nossa identidade e só ela que nos abre o mundo”, afirmou.

Moreira prometeu para o futuro “uma cidade limpa, sustentável e acessível” e ao mesmo tempo “segura, inclusiva e solidária”. “Vamos ter uma cidade dinâmica, criativa e criadora. Vamos ter uma cidade que se orgulha das suas tradições mas que nunca tem medo de se transformar. Vamos ter uma cidade que sabe ser cosmopolita sem deixar nunca de ser popular”, prognosticou.