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«A Fogueira da Discriminação». Assim se chama o livro de Francisco Allen. Uma estreia aos 12 anos, a que este jovem que adora ler e escrever promete dar continuidade. Ideias não lhe faltam.
Francisco Allen tem doze anos. Aos nove escreveu «A Fogueira da Discriminação» para um concurso. Demorou seis meses a domar as ideias que brotavam a qualquer hora. Assim que tinha uma apontava ou decorava, porque a memória é um dos seus trunfos. Até nas aulas, sobretudo nas aulas de Português, lhe surgiam ideias e quando podia anotava-as.
A «Fogueira da Discriminação» conta a história de um menino e uma menina ciganos que têm de enfrentar uma mudança na sua vida. A obra, diz Francisco, pretende ensinar aos mais novos que os preconceitos contra as raças diferentes não fazem sentido.
O tema do livro, da Chiado Editora, não foi escolhido ao acaso. A mãe de Francisco é psicóloga e trabalha com uma comunidade cigana, em Matosinhos. Francisco já ouviu e viu muitas histórias. A convivência com os ciganos foi o ponto de partida para tentar quebrar preconceitos.
O sonho de Francisco Allen concretiza-se. Ele gosta de escrever, mas também de ler, duas das suas paixões. Adora os contos infantis de Sophia de Mello Breyner e as obras de Dan Brown.
Se depender dele, a escrita também vai fazer parte da sua vida para sempre. Não como atividade principal. Francisco Allen, quando for adulto, gostaria de enveredar por uma carreira na área da Física ou da Medicina. Sem nunca deixar os livros pelo caminho. Já escreveu o segundo e o terceiro está em estudo. Pelo menos o tema já está escolhido.