“Começámos com cinco crianças, temos atualmente 14 e no verão chegamos aos vinte utentes”, adianta a presidente da instituição. “Se tivéssemos capacidade para mais, mais viriam”, admite.
São pequenas histórias escritas por Cidália Silva, que leva três décadas de atividade educativa e lidera a Casa do Mimo, na Batalha. Estão no centro de um novo livro que é pretexto para conhecer melhor a instituição sedeada na Batalha, apostada em prestar um apoio pouco frequente, dirigido a crianças e jovens com deficiência.
A Casa do Mimo é uma IPSS, criada em 2016, depois de vários anos passados na definição do projeto, adequando-o às necessidades das famílias da região. “Havia pais que tinham de se desempregar para ficar a tomar conta dos filhos e essa situação criava um vazio de resposta social”, lembra Cidália Silva.
A instituição nasceu informalmente há quase dez anos, da vontade de um pequeno grupo de amigos, que reunia educadoras, psicólogas e pais. “O que nos distingue, para além das várias atividades, é a possibilidade de fazer um projeto de vida de forma continuada, começar aos 10 ou 12 anos e [os utentes] poderem ficar depois dos 18 anos”, explica.
“Começámos com cinco crianças, temos atualmente 14 e no verão chegamos aos vinte utentes”, adianta a presidente da instituição. “Se tivéssemos capacidade para mais, mais viriam”, admite.
Alcobaça, Leiria, Marinha Grande e Porto de Mós são alguns concelhos de proveniência dos utentes. Atualmente, esta IPSS estuda, em conjunto com a Segurança Social, a melhor forma de contar com um eventual apoio adequado à especificidade da sua ação. Livro da instituição avança para segunda edição
O voluntariado, a o apoio da comunidade e da autarquia local, têm sido fulcrais na sobrevivência da Casa do Mimo, reconhece Cidália Silva. O apoio de fundos públicos será, a médio prazo, essencial para assegurar a continuidade do projeto e o seu crescimento, aponta.
Para já, o novo livro – que várias empresas já adquiriram, apoiando a instituição – será apresentado e vendido dia 10, gerando receitas para a instituição que aproveita para dar a conhecer a sua atividade, apresentar um instrumento pedagógico que estimula a imaginação e aposta nos “valores”, explica a autora.
Margarida Oliveira, elemento da direção, ilustrou a primeira edição. Volta a fazê-lo desta vez, em conjunto com outros ilustradores que se juntaram ao projeto “Contos Pequenos P’ra Gente Grande”.