19.4.12

Cavaco acredita que "clima de paz e de coesão social" irá manter-se

in Jornal de Notícias

O presidente da República disse, esta quinta-feira, acreditar que "o clima de paz e de coesão social" irá manter-se no futuro, considerando que os parceiros sociais estão empenhados em cumprir o acordo de concertação social.

Questionado sobre as declarações do secretário-geral da UGT, João Proença, que na terça-feira ameaçou denunciar o acordo de concertação social se o governo continuar a não o cumprir, adiando as medidas para o crescimento e o emprego, o chefe de Estado não respondeu diretamente à pergunta, preferindo sublinhar o diálogo social que tem existido em Portugal.

"Congratulo-me com o diálogo social que tem ocorrido em Portugal, tal como me congratulo com os resultados que esse diálogo conduziu, em particular a assinatura de um acordo que permite sublinhar a vontade dos diferentes parceiros sociais e do Governo de executar o programa de ajustamento que assumimos com as instâncias internacionais num clima de paz e de coesão social", afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas no final de um encontro com o seu homólogo polaco, que decorreu no Palácio de Belém.

Sublinhando estar "convencido que esse clima irá manter-se no futuro porque os diferentes parceiros estão empenhados em cumprir aquilo a que se comprometeram quando assinaram o chamado acordo de concertação social", o presidente da República destacou ainda a importância do diálogo e da concertação social na Europa e em Portugal.

A este propósito, o chefe de Estado recordou que desde a aprovação do Tratado de Maastricht que de uma forma muito clara se incluiu nas normas a necessidade de manter "um diálogo constante entre empregadores, entre empregadores e sindicatos e as diferentes instituições europeias".

O presidente da República destacou ainda a forma como a Polónia passou pela crise financeira dos últimos anos "sem ser atingida pela recessão", classificando-a como uma das economias mais dinâmicas da União Europeia.

"A Polónia é, neste momento, uma das economias mais dinâmicas de toda a União Europeia, passou a crise económica e financeira internacional de 2008/2009 sem ser atingido pela recessão e alcança taxas de crescimento económico invejáveis para quase todos os países que fazem parte da União Europeia", assinalou o chefe de Estado, no âmbito da visita do seu homólogo polaco, que iniciou hoje uma visita de Estado de dois dias a Portugal.