Por Sofia Rodrigues, in Público on-line
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, fez uma intervenção elogiosa da actuação do CDS na área social e no aproveitamento das capacidades das misericórdias, mas crítica do comportamento do partido (enquanto parceiro de governo) na saúde.
Manuel Lemos interveio esta manhã nas jornadas parlamentares do CDS-PP, a decorrer em Ponta Delgada, São Miguel, sob o lema “mais economia, mais solidariedade”.
“Tenho bem presentes as propostas do CDS de entregar ao sector social mais consultas e cirurgias. Onde estão essas propostas?”, questionou Manuel Lemos, que apontou o dedo aos atrasos nos pagamentos do Estado que foram contratualizados.
“No mini-acordo de cirurgias e consultas estão por pagar oito milhões de euros”, referiu, acrescentando que o último pagamento nos cuidados continuados de Saúde foi realizado em Outubro do ano passado. Manuel Lemos tinha começado a sua intervenção por sublinhar o contraste entre a área social e da saúde, onde a cooperação com as misericórdias “não existe”.
Como já foi “a muita feira e mercado” e “já comeu muita carne assada”, Manuel Lemos deixou um apelo aos políticos. “Não se deixem cair nas mãos de uns tecnocratas que pensam que as pessoas são números”, afirmou, aludindo a um exemplo da desvalorização de um doente de Mora que não tem dinheiro para ir a Évora tirar uma radiografia.
E rematou: “Se não pusermos travão a isto, não teremos mais economia nem solidariedade”.