23.4.12

Desemprego e crise: Leva à emigração de licenciados do País e do distrito...

in Rádio Voz da Planície

O País perde todos os dias licenciados, que procuram a sua sorte no estrangeiro e o programa de combate ao desemprego jovem, do Governo, deixa de fora muitos dos que estão agora a começar a sua vida activa. “No distrito de Beja o cenário é idêntico, porque o tecido produtivo não é dinamizado, não se gera emprego e a massa crítica não se fixa”, assegura Casimiro Santos, da União de Sindicatos do Distrito de Beja (USDB).

A vaga de emigração já atingiu níveis da década de 60 e não se perspectiva que abrande, a diferença é que estão a sair do País, maioritariamente, jovens licenciados. Se há meses, o Governo incentivou os jovens a procurarem oportunidades lá fora, agora já está preocupado com a saída em massa de quadros qualificados de Portugal. Situação que o anunciado programa governamental de combate ao desemprego jovem também não vem resolver, porque a ajuda que Bruxelas concedeu deixa muitos do que estão a começar a sua vida activa, de fora.

“Este é o cenário do País e do distrito de Beja onde o número de desempregados chega praticamente aos 12 mil, onde o tecido produtivo não é dinamizado, onde não se gera emprego e onde a massa crítica não se fixa”, assegura Casimiro Santos, da União de Sindicatos do Distrito de Beja (USDB).

Casimiro Santos prosseguiu dizendo que “os programas do Governo não estão a ajudar a resolver esta questão” e frisou que “no caso do distrito de Beja são muitos os exemplos de trabalho precário, situação que não contribui para a fixação de população e que muitas vezes aposta em mão-de-obra temporária, vinda de fora”.

Seja como for, os números dizem que em Portugal, a taxa de emigração de quadros qualificados é das mais elevadas da União Europeia e os especialistas alertam para o facto de não se prever abrandamento desta vaga, devido à crise.