29.1.14

«Manifesto contra a Crise» apresentado hoje em Lisboa

in TSF

A TSF conversou com alguns dos subscritores do «Manifesto contra a Crise - Compromisso com a Ciência, a Cultura e as Artes», que é apresentado esta tarde, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O «Manifesto contra a Crise - Compromisso com a Ciência, a Cultura e as Artes», assinado por 131 personalidades das áreas da Cultura, da Ciência e das Artes, será depois disponibilizado na Internet, a partir de quinta-feira.

Em declarações à TSF, a escritora Lídia Jorge diz que a ideia é provocar um sobressalto, um gesto sem marca ideológica, mas de resistência a uma atitude rastejante.

Já o professor universitário e investigador Carlos Fiolhais interroga-se de que valerá um país com contas certas mas vazio de talento e de inteligência.

«Quem não chora não mama» é a expressão utilizada por Teotónio de Almeida, catedrático de Filosofia que dá aulas nos Estados Unidos, para justificar a sua assinatura neste manifesto.

Onésimo Teotónio de Almeida defende que um país não pode viver só de pão e manteiga e que, mesmo à distância, não podia deixar se juntar aos que exigem uma fatia do bolo, por muito pequeno e com falta de fermento que ele ande.

Já a escritora Maria Teresa Horta diz que se estão destruir todos os valores do 25 de Abril e que, como é costume, sobretudo quando é a direita que está no poder, a cultura é a primeira sacrificada.

A sessão de apresentação do Manifesto, no auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, abre às 18:30, com a canção de Pedro Abrunhosa, «Para os Braços da Minha Mãe», que conta com participação especial de Camané.

No sábado, o Manifesto será apresentado no Funchal, numa sessão que vai contar com Annabela Rita, Miguel Real e Luísa Antunes Paolinelli, da Universidade da Madeira, estando ainda previstas apresentações, a agendar, no Porto e em Viseu.