in Euronews
As consequências económicas da crise sanitária podem levar 60 milhões de pessoas à pobreza extrema. Um alerta severo vindo do Banco Mundial que diz que os esforços de recuperação não são suficientes e que os sistemas de saúde estão sob pressão em todo o mundo.
De acordo com o banco, pessoas que vivem com menos de um euro e setenta cêntimos por dia estão em situação de "pobreza extrema".
O presidente da instituição, David Malpass, lidera as operações do banco para disponibilizar 160 mil milhões de dólares em doações e empréstimos, com uma baixa taxa de juro, para ajudar os países mais pobres a enfrentar a crise durante um período de 15 meses.
David Malpass diz que: "Para regressar ao crescimento, o objetivo deve ser: respostas rápidas e flexíveis para enfrentar as emergências de saúde, assim como a disponilização financeira e de outros apoios, para proteger os mais pobres, manter o setor privado e fortalecer a recuperação económica."
A produção económica mundial deverá contrair até 5% em 2020. Cem países que representam 70% da população mundial, já receberam financiamento de emergência, mas não é suficiente.
A suspensão da dívida é uma opção, mas os credores internacionais estão algo relutantes em participar nesta iniciativa anunciada pelo G20 para os 73 países mais pobres do mundo.
A alternativa é que os países em vias de desenvolvimento se concentrem na implementação de programas económicos para atrair investimento nacional e estrangeiro.
Mas o papel desempenhado pelas economias mais desenvolvidas é fundamental à medida que o bloqueio é levantado.
O comércio e o turismo são setores essenciais para os países mais pobres e a interação à escala global é vista como um grande passo para a recuperação.