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Segundo o presidente da assembleia, a crise provocada pela pandemia de Covid-19 exige “uma Europa mais forte, capaz de fazer face aos desafios de um mundo globalizado”
O presidente do Parlamento Europeu (PE) disse esta terça-feira acreditar que a presidência alemã do Conselho da União Europeia, que começa em 1 de julho, “impulsionará” a Europa, e apelou a todos que se juntem a esse esforço.
A próxima presidência alemã estará no centro da reconstrução da Europa. Estamos seguros de que este é o momento certo para reforçar a nossa União. É isso que os cidadãos estão a pedir: uma UE que beneficie as nossas sociedades e povos”, declarou David Sassoli, que esta semana está a manter encontros com líderes de instituições alemãs, em ‘vésperas’ do arranque da presidência alemã do Conselho.
Segundo o presidente da assembleia, a crise provocada pela pandemia de Covid-19 exige “uma Europa mais forte, capaz de fazer face aos desafios de um mundo globalizado”.
Na segunda-feira, Sassoli já deixara um apelo ao “sentido de responsabilidade”, explicitando então os destinatários da sua mensagem: os chamados países ‘frugais’ – Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia -, que se têm oposto a um orçamento plurianual da UE ambicioso e que defendem que os apoios aos Estados-membros no contexto da atual crise sejam prestados na forma de empréstimos, e não de subvenções.
Não há países frugais nem países livres de despesas. Pelo contrário, há países conscientes da seriedade dos desafios que enfrentamos e os que não o estão. É por isso que peço a todos que estejam à altura deste momento histórico”, frisou David Sassoli, num encontro com jornalistas.
O presidente do Parlamento Europeu vai continuar a manter ao longo da semana contactos com dirigentes alemães no contexto da próxima presidência semestral rotativa do Conselho da União Europeia, após a conclusão, no final de junho, da atual presidência da Croácia.
A Alemanha, que deverá assim assumir a liderança das negociações sobre o próximo quadro financeiro da União, bem como do fundo de recuperação – caso não seja alcançado um compromisso em junho, o cenário mais provável -, inicia o trio de presidências de que Portugal faz parte: depois de Berlim assumir os comandos, caberá a Portugal, no primeiro semestre de 2021, presidir ao Conselho da UE, seguindo-se a Eslovénia, no segundo semestre do próximo ano.