2.4.12

Bruxelas admite que taxa na zona euro "é muito elevada"

in Público on-line

A Comissão Europeia admitiu hoje que a taxa de desemprego na Europa é “muito elevada”, mas destacou que na análise anual entre Fevereiro de 2011 e de 2012 o indicador, apesar de tudo, baixou em oito Estados-membros.

Em declarações feitas na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos declarou que a taxa de desemprego na zona euro “é a mais elevada desde Junho de 1997”, mas as previsões são que a partir da segunda metade deste ano, com melhores perspectivas de crescimento económico, tal cenário seja invertido.

Amadeu Altafaj Tardio falava no dia em que o Eurostat indicou que a taxa de desemprego situou-se em Fevereiro nos 10,8% na zona euro, ao passo que no conjunto dos 27 da União Europeia (UE) o valor encontra-se nos 10,2%.

Tais números, disse o porta-voz de Olli Rehn, resultam não só da “crise actual” na economia europeia mas também de “desequilíbrios macroeconómicos” nalguns Estados-membros.

Portugal chegou ao final de Fevereiro com uma taxa de desemprego de 15%, uma subida de 0,2 pontos percentuais face a Janeiro e a terceira mais elevada da UE, revelou o Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, apenas Espanha (23,6 por cento) e a Grécia (21 por cento, em dados que remontam a Dezembro de 2011) se encontram em pior situação que Portugal.

Relativamente a Portugal, registou-se ainda uma subida do desemprego entre os jovens (menos de 25 anos) de 35,1 por cento em Janeiro para 35,4 por cento em Fevereiro.

O Eurostat calcula mensalmente uma taxa harmonizada de desemprego para todos os países da UE. Esta taxa utiliza uma metodologia comum a todos os 27 para permitir comparações. Os resultados do Eurostat não são necessariamente iguais aos obtidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).