in Expresso
Confrontado com o crescimento da taxa de desemprego, o Ministro da Economia reconheceu a necessidade de se "pôr rapidamente no terreno todas as medidas para promover o crescimento e o emprego".
O ministro da Economia reconheceu hoje a necessidade de se pôr em prática rapidamente as medidas para promover o crescimento e o emprego, numa altura em que o desemprego se está a agravar.
Álvaro Santos Pereira foi confrontado pelos jornalistas, à saída de uma reunião de concertação social, com a subida da taxa de desemprego em Portugal para os 15% no final de fevereiro. "Também por isso é importante pôr rapidamente no terreno todas as medidas para promover o crescimento e o emprego", disse o ministro.
O governante considerou que as medidas previstas no Compromisso para o Crescimento, Competitividade e o Emprego, assinado a 18 de janeiro, "são essenciais para combater o desemprego" e garantiu que muitas delas já estão no terreno.
"Governo tarda a por em prática"
Mas para os parceiros sociais a aplicação do acordo está aquém do necessário. O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, considerou que o ritmo de aplicação das medidas económicas do acordo de concertação social está a decorrer de forma "extremamente lenta", o que "está a dificultar a resolução do problema do país".
Também o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, afirmou que "o Governo tarda a por em prática" as medidas destinadas a promover o crescimento económico e o emprego, incluídas no acordo de janeiro e considerou "imperioso que um conjunto de medidas seja aplicado de imediato, nomeadamente as que dão prioridade ao financiamento das empresas.
O secretário-geral da UGT considerou que o acordo "está atrasadíssimo" na sua execução relativamente ao desemprego e criticou, nomeadamente, que a reestruturação dos centros de emprego só esteja operacional no final ano.
Joaquim Dionísio, da Comissão Executiva da CGTP, manifestou "uma preocupação muito grande pelo crescimento do desemprego" e considerou que as medidas que estão a ser tomadas pelo Governo não ajudam a promover o emprego "pelo contrário, são medidas recessivas e que agravam as condições de trabalho, como a revisão da legislação laboral".