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Taxa de 4% sobre as transacções bolsistas financiaria na íntegra o apoio aos desempregados.
A CGTP propôs hoje o alargamento do subsídio social de desemprego durante o período de crise, que seria financiado integralmente por uma taxa de 4% a aplicar sobre todas as transacções bolsistas.
“A taxa de 4% sobre as transacções na bolsa deve ser usada na íntegra para apoiar os desempregados que já não têm qualquer apoio social”, disse em conferência de imprensa o secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos.
A CGTP calculou que seriam necessários 4.186.476.053 euros para assegurar um subsídio social de desemprego médio de 346,23 euros aos 863.686 desempregados que já não recebem nada. O financiamento da prestação social seria suportado na íntegra pela taxa de 4%, a criar, sobre as transacções na bolsa.
“É preciso encontrar respostas, não bastam constatações. Seria um contributo para a economia real e para combater a exclusão social”, defendeu Arménio Carlos.
Se os desempregados não subsidiados passassem a receber um subsídio médio de 346 euros - o valor seria calculado com base na carreira contributiva - o consumo aumentava e o Estado arrecadaria 837.295.211 euros por via do IVA, segundo estimativa da Inter.
A central sindical calcula que esta prestação iria possibilitar às famílias aumentar o seu nível de vida, aumentando o consumo em 3.349.180.842 euros, o que permitiria às empresas escoar mais produtos