Paulo Lourenço, in Jornal de Notícias
Em dia de super saldos nas lojas Pingo Doce, houve quem madrugasse, percorresse dezenas de quilómetros e almoçasse dentro das lojas para poupar na conta do supermercado.
Em Odivelas, o JN encontrou um casal que chegou às 7.50 horas à porta do supermercado de onde só se despachou pelas 16 horas. "Valeu a pena, claro. Devia era haver mais promoções destas", explicou Marisa Silva, comerciante de 30 anos. "Com a crise que há não podemos estar a pensar nos incómodos... Há que aproveitar", disse.
A maioria dos que conseguiram fazer compras diz que aproveitou sobretudo para levar géneros alimentares e fraldas. A justificação para esta corrida é comum: a crise. "Da forma como o país está, isto é mais do que normal", comentava João Queirós, na loja de Queluz, em Sintra.
Ao lado, a mulher, Maria Odete, reforçava: "No início do mês, levar uma conta de 140 euros e pagar só 70 dá um grande arranjo".
No Pingo Doce de Telheiras, das maiores lojas da área metropolitana de Lisboa, muitos clientes optaram por almoçar dentro do supermercado ou pediram a familiares que lhes levassem comida.
O JN falou com uma consumidora que percorreu 30 quilómetros para ir a Telheiras fazer compras. Moradora em Vila Franca de Xira, optou por fazer a viagem depois de verificar que seria difícil ir a um Pingo Doce perto de sua casa. No final, a conta compensou: dos 400 euros que gastou apenas pagou 200.
Registaram-se várias escaramuças entre clientes, sem que, no entanto, tenha havido incidentes maiores.
Uma cliente sentiu-se indisposta, pelo que foi chamado o INEM ao local.