in Público on-line
A participação dos estudantes europeus no programa Erasmus mantém-se, e até tem aumentado, apesar da crise, garantiu Luca Pirozzi, representante da Direção-Geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia.
“Analisando os números, diria que [a crise] não está” a afectar a participação no programa Erasmus de intercâmbio universitário, assinalou Luca Pirozzi no final da sessão comemorativa dos 25 anos Erasmus na Universidade do Porto, que decorreu esta tarde.
O representante da Comissão Europeia destacou mesmo que “no último ano académico até houve um aumento de oito por cento de alunos em mobilidade” e apenas em dois países não se registou uma subida de participantes: Luxemburgo e Malta.
“Nestes tempos difíceis há a consciência de que participar em Erasmus é tão importante que merece o investimento”, salientou, afirmando que “até a Grécia aumentou o número de participantes”.
Para Luca Pirozzi, “há uma enorme consciência de que vale a pena investir” neste programa, além de “os alunos de Erasmus encontrarem emprego mais facilmente”. “Criámos a geração Erasmus”, sublinhou.
Questionado sobre as preocupações que lhe foram sendo transmitidas ao longo da sessão, relacionadas com a necessidade de aumentar as bolsas atribuídas, o representante lembrou o investimento de 19 mil milhões de euros já pensado para o próximo programa de intercâmbio 2014-2020, que pretende atingir cinco milhões de alunos.
“Quanto a estes dois últimos anos até ao final do programa actual, não é possível aumentar o valor já decidido”, referiu, sugerindo que os países deveriam recorrer aos fundos estruturais para complementar as necessidades.
O actual programa termina em 2013, tendo como objectivo contar com a participação de três milhões de alunos. Até ao momento já participaram 2,5 milhões.