in Jornal de Notícias
A Caixa Geral de Depósitos lançou, esta quinta-feira, um programa de troca de habitação para famílias sobrecarregadas com o empréstimo da casa, que a podem trocar por um crédito mais em conta ou mesmo arrendar.
"A troca de casa é uma iniciativa inovadora da Caixa Geral de Depósitos, é um programa muito importante com o objetivo de preservar a habitação das famílias", disse esta quinta-feira, em conferência de imprensa, o administrador da CGD Nuno Palma, que tem o pelouro do imobiliário no banco público.
Neste programa, que vai começar a ser apresentado aos clientes, as famílias têm duas opções. Por um lado, podem vender a habitação atual aos fundos de investimento imobiliário para arrendamento da CGD e arrendar outra casa do fundo com uma renda mais baixa. Além do encargo mensal com a casa baixar, a família deixa de ter custos como condomínio e imposto municipal sobre imóveis, ficando ainda com o direito de recompra do imóvel.
Por outro lado, as famílias podem também optar por vender a atual casa, comprando outra propriedade da CGD mais barata. Nesse caso, é feito um novo crédito à habitação com encargos financeiros mais comportáveis com a sua situação financeira.
No caso de optar pela segunda hipótese, o empréstimo para a nova habitação manteria as condições de financiamento do contrato anterior, ainda que o cliente tenha de suportar custos de registos e impostos.
Segundo Paulo Sousa, administrador da Fundimo e diretor de Financiamento Imobiliário da CGD, num empréstimo à habitação de 150 mil euros que o cliente decida trocar por um de 100 mil euros, a diferença de 50 mil euros é deduzida ao valor que o cliente ainda devia ao banco (para esta simulação de uma dívida de 120 mil euros), ficando então devedor de 71 mil euros.
Com esta redução da dívida por troca de habitação, o cliente passa de um encargo mensal de prestação ao banco de 536 para 276 euros, quase metade do valor inicial.