in Público on-line
Os ministros do Ambiente da CPLP aprovaram na sexta-feira, em Cabo Verde, uma posição comum a defender na conferência da ONU Rio+20, em Junho, que visa promover uma transição global para uma “economia verde inclusiva”.
Os participantes na cimeira ministerial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) assumiram o compromisso de convencer os grandes estados presentes na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) a adoptarem medidas que compatibilizem as vertentes económicas, sociais e ambientais para um desenvolvimento sustentável.
Após dois dias de trabalhos técnicos, na quarta e na quinta-feira, a na reunião, encerrada sexta-feira à noite, os ministros do Ambiente da CPLP reafirmaram os compromissos da Declaração de Luanda, de Março último, que prevê a participação ativa da organização na Conferência Rio+20.
Na declaração final, o grupo defende que na cimeira de Junho, no Brasil, seja aprovado um documento “que reflita uma visão ambiciosa para um padrão diferenciado de desenvolvimento a nível global”.
Entre vários pontos, a CPLP deseja que os resultados do Rio+20 definam diretrizes “que permitam uma transição global para uma economia verde inclusiva, que promova a conservação do ambiente, contribua para a erradicação da pobreza e estimule uma economia de baixo carbono através de uso eficiente dos recursos naturais”.
A CPLP quer ainda convencer os países a reconhecerem o papel crucial da gestão sustentável das terras para a resolução dos problemas urgentes do planeta, como a segurança alimentar, gestão da água, conservação da diversidade biológica e a adaptação das comunidades rurais às alterações climáticas.
Citado na edição “online” do jornal A Semana, o ministro do Ambiente cabo-verdiano, Antero Veiga, garantiu que “a voz da CPLP será ouvida”, sobretudo pelo facto de a conferência acontecer num país lusófono.
“Temos estado a participar nas várias rondas de diálogo e concertação, através das nossas missões junto das Nações Unidas. Temos conseguido fazer passar a nossa mensagem. Tanto é que, na conferência de Rio de Janeiro, o português será a língua de trabalho, oficialmente aceite. É claro que vamos ser ouvidos”, afirmou.