Fátima Castro, in EcoOnline
Chama-se "‘Porto Energy ElevatoR" e tem como objetivo promover a eficiência energética nos edifícios e fomentar o autoconsumo a partir de fontes limpas.
A Agência de Energia do Porto (AdEPorto) vai liderar um projeto europeu intitulado de “Porto Energy ElevatoR” (PEER) que tem como objetivo central combater a pobreza energética ao promover a eficiência energética nos edifícios e fomentar o autoconsumo de energia a partir de fontes limpas.
Os principais objetivos do projeto centram-se na promoção da eficiência energética nos edifícios – responsáveis por 30% das emissões de CO2 na área Metropolitana do Porto a Norte do Douro (AMP-ND) – e no fomento do autoconsumo de energia, individual e coletivo, a partir de fontes limpas.
Este projeto, que é financiado no âmbito do programa Horizonte2020, vai focar-se, numa primeira fase, no edificado dos Municípios da área Metropolitana do Porto a Norte do Douro, intervindo num parque de 3.000 habitações e na promoção de cerca de 12 MW de sistemas de aproveitamento de energia renovável.
“Este projeto vai permitir à AdEPorto atuar de forma ativa no combate à pobreza energética, ao mesmo tempo que contribui para a mitigação das alterações climáticas. Este é um exemplo paradigmático da defesa do ambiente e do planeta, alicerçado numa transição justa e positiva para os nossos cidadãos”, destaca o presidente da Agência de Energia do Porto e vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, em comunicado.
De acordo com o relatório “European Energy Poverty Index”, de janeiro de 2019, a baixa eficiência energética do parque edificado é um dos fatores potenciadores da pobreza energética e Portugal é o quarto país mais afetado na Europa.
De acordo com a Agência de Energia do Porto, a maioria dos edifícios em Portugal apresenta um nível igual ou inferior a C nos certificados de eficiência energética — no geral, o edificado atualmente existente foi construído antes de 1990, apresentando requisitos térmicos baixos ou nulos.
“A pobreza energética envolve a dificuldade ou privação das famílias e indivíduos em aceder a serviços essenciais de energia, como o aquecimento, arrefecimento ou iluminação das habitações, podendo ter efeitos adversos na saúde e bem-estar”, alerta a Agência de Energia do Porto.
Para além da AdEPorto, o Consórcio do projeto conta com três parceiros: a RdA Climate Solutions , a S317 Consulting e a TELLES Advogados, que, em conjunto, vão desenvolver ferramentas técnicas, financeiras e legais de apoio à implementação de projetos de eficiência energética e aproveitamento de energias renováveis